NOVO GOOGLE DELIVERY: DRONES VÃO DE LOJA AO CLIENTE EM MINUTOS

NOVO GOOGLE DELIVERY: DRONES VÃO DE LOJA AO CLIENTE EM MINUTOS

Entregas de até 2.3 kg já começaram a ser feitas na Austrália, Estados Unidos e Finlândia.

O Google anunciou em outubro uma inovação global: entregas de compras de um shopping para as casas dos clientes por meio do uso de drones. Normalmente, o serviço demora de 10 a 15 minutos. Do total, apenas cerca de três minutos são do tempo de voo. O recorde é de 2 minutos e 47 segundos. “É quase 50 vezes mais eficiente do que um veículo movido a gás”, diz Jonathan Bass, chefe de marketing e comunicações da Wing, em um podcast da TechFirst. “Provavelmente, é 10 vezes mais eficiente do que um carro elétrico.” A estratégia? Aproveitar os telhados de shoppings que não são utilizados para criar as estações de drones.

A Wing é uma empresa da Alphabet, holding criada pelo Google que engloba todas as suas divisões. Ela opera em três locais de teste para a entrega de drones – Queensland, na Austrália, Christiansburg, em Virgínia e Helsinque, na Finlândia – e está em fase de testes desde 2017, com operações contínuas nos últimos dois anos. A Wing atingiu a marca de 100 mil entregas em agosto deste ano, tornando-se o maior serviço de delivery com drones residenciais do mundo. Seis semanas atrás, no entanto, a Wing mudou o seu modelo de negócio. Deixou de ser um centro de distribuição para transportar mercadorias das lojas dos varejistas diretamente para as casas dos clientes. Esse é um passo significativo para normalizar as entregas de drones

“Pela primeira vez, estamos operando nossos drones direto das instalações das empresas, ao invés das lojas precisarem levar suas mercadorias para os nossos pontos de entrega”, diz Jesse Suskin, da Wing. “Com o aumento do desejo dos consumidores por conveniência e velocidade, o delivery com drones pode ajudar a enfrentar o caro desafio da entrega acelerada, além de reduzir o congestionamento das estradas e as emissões de poluentes, e criar novas oportunidades econômicas para as empresas, utilizando seu espaço de varejo existente como hubs de logística e centros de distribuição. ”

Nessas seis semanas de operação, a Wing entregou mais de 2.500 pacotes por drone, incluindo sushi, sorvete e café. Como a maioria dos voos dura apenas alguns minutos, os itens quentes não perdem a temperatura. Segundo um parceiro de varejo da Wing, este método é escalonável em todo o país. “Quase dois terços da população da Austrália vive a 30 minutos de um de nossos 61 centros estrategicamente localizados”, diz Justin Mills, diretor de inovação da rede de shopping centers Vicinity Centers. “A presença nacional fornece uma base sólida para implementar a estratégia de distribuição e atendimento, ampliando rapidamente nossa parceria de entrega de drones com a Wing e desenvolvendo ainda mais os centros de logística.”

O telhado é a chave. Existem grandes áreas não utilizadas no telhado de cada shopping, que são um lugar perfeito para trazer drones e despachá-los. Locais ideais para a construção de um aeroporto de drone. Aproximar os drones dos varejistas é particularmente importante durante a pandemia. A Austrália teve alguns dos lockdowns mais rígidos do mundo, e isso afetou o tráfego de varejo e a capacidade das pessoas de visitar uma loja. “A estratégia nos aproxima um pouco mais dos comerciantes, permitindo que eles estendam seu ambiente de varejo para a comunidade”, diz Bass. “Isso foi especialmente importante e valioso durante a crise sanitária, pois mantém uma conexão entre o negócio local e a comunidade, mesmo quando as pessoas não podem entrar na loja.”

Embora a entrega de drones não seja algo normal para muitas pessoas, é um negócio que provavelmente irá crescer. O Wing do Google entregou dezenas de milhares de pacotes, enquanto concorrentes como Manna, na Irlanda, estão fazendo 2.000 a 3.000 voos por dia, entregando alimentos, pequenos itens e remédios. Várias operações estão tentando escalar os serviços rapidamente na Europa e na América do Norte, se as agências reguladoras aprovarem. Bass não tem um prazo definido para a expansão nos Estados Unidos, mas com um serviço que já voou dezenas de milhares de missões bem-sucedidas, não deve demorar muito.

Como mostrado pela Manna, a entrega de drones é 90% mais barata do que o Uber Eats ou outro meio de entrega baseado em carro, e o impacto ambiental – 50 vezes mais eficiente – também é um fator importante. Atualmente, os drones da Wing só podem carregar pacotes pequenos, com menos de 2,3 kg. É improvável que isso mude com o tempo. Hoje, a entrega em terra é mais segura para produtos maiores, pesados ​​e volumosos, mas para pacotes rápidos e entregas quase instantâneas – como em refeições – o delivery por drone parece muito atraente, além de barato. “As pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de experimentar o Wing compartilham o mesmo sentimento: ‘quando o serviço vem para a minha cidade?’”, diz Bass.

Em agosto, os preços da indústria subiram 1,86% frente ao mês anterior. Todas as 24 atividades analisadas tiveram alta de preços, o que só havia ocorrido em agosto de 2020. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado hoje (29) pelo IBGE, que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. No ano, o aumento acumulado nos preços da indústria chegou a 23,55% e, em 12 meses, a 33,08%.

“A demanda aquecida do comércio internacional e a desvalorização do Real frente ao dólar vêm impactando os preços industriais no mercado interno. O movimento dos preços do minério de ferro e do óleo bruto do petróleo, por exemplo, afeta de forma quase direta os setores de químicos, de refino e de metalurgia. No setor alimentício, as exportações de commodities, como soja e milho, pressionam para cima os custos das rações para animais e, por consequência, das carnes”, esclarece Manuel Souza Neto, gerente do IPP. O setor de alimentos foi o que mais influenciou o resultado geral do IPP de agosto (0,51 ponto percentual). Na comparação com o mês de julho, os alimentos subiram 2,19%, sendo a sétima taxa positiva observada ao longo do ano (a única negativa foi a de junho, em 0,14%) e a segunda maior de 2021, perdendo apenas para os 2,66% registrados em abril. No ano, o segmento acumula alta de 12,47%.

Em agosto, os aumentos dos preços das carnes e miudezas de aves congeladas estiveram entre as principais influências sobre o índice da indústria de alimentos. “A elevação dos preços foi impactada tanto pelo aumento de custo na criação dos animais quanto pela maior demanda. Além das exportações, também houve o impacto do mercado interno, com a volta às aulas presenciais e a tendência de substituição da carne bovina pela de frango”, ressalta Souza Neto. Ele acrescentou que a combinação de entressafra e fatores ligados ao clima contribuiu para elevar os preços de alguns alimentos.

“A produção de leite esterilizado (UHT/Longa Vida) foi influenciada pela seca do meio do ano, que diminuiu a captação nas bacias leiteiras. Com isso, o preço do produto e de todos os seus derivados aumentou. O café torrado e moído sofreu a influência do inverno rigoroso, com geadas em regiões produtoras importantes, o que também impactou a safra da cana-de-açúcar e seus derivados”, destaca o pesquisador. O “abate e fabricação de produtos de carne” (2,72%), a “fabricação e refino de açúcar” (3,64%) e a “torrefação e moagem de café” (6,54%) foram os grupos industriais com variações de preços acima da média do setor alimentício.

Já a atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (1,91%) teve alta pelo quarto mês consecutivo. A taxa de agosto foi menor do que a de julho (3,27%), mas ainda superior às outras duas desses quatro meses. No ano, o setor acumula inflação de 47,03%, a maior taxa da série para um mês de agosto. “Gasolina, exceto para aviação”, “óleo diesel” e “álcool etílico (anidro ou hidratado)” foram as influências mais intensas sobre os preços do setor. Os preços da indústria química subiram 2,82% em agosto, a maior alta desde abril (4,73%), acumulando variação de 37,34% no ano e de 50,49% nos últimos 12 meses.

“Esses resultados estão ligados principalmente aos preços internacionais, inclusive de diversas matérias-primas, importadas ou não, como a nafta. Um dos maiores responsáveis pelo aumento é o grupo dos fertilizantes, que teve alta de 6,93% no mês, acumulando 65,98% no ano e 73,63% nos últimos 12 meses. Esses dois acumulados são os maiores em toda a série”, destaca Souza Neto. Outro destaque no mês foi a Metalurgia, que teve alta de 2,58%, sua décima quarta taxa positiva seguida. Com isso, entre todas as atividades analisadas, o setor já mostra o terceiro maior acumulado no ano (40,59%) e o segundo nos 12 meses (56,98%).

“Os resultados dos últimos meses estão ligados ao comportamento dos grupos siderúrgicos e de materiais não ferrosos (cobre, ouro e alumínio), que têm comportamentos de preços distintos. O primeiro é afetado pelos preços de minério de ferro e pela variação do dólar frente ao real, além da recomposição de estoques na cadeia consumidora. No segundo grupo, os valores dos materiais não ferrosos estão vinculados às cotações das bolsas internacionais”, conclui Souza Neto.

Mais sobre a pesquisa

O IPP acompanha a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, e sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país. Trata-se de um indicador essencial para o acompanhamento macroeconômico e um valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados. A pesquisa investiga, em pouco mais de 2.100 empresas, os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes e definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. Cerca de 6 mil preços são coletados, mensalmente. As tabelas completas do IPP estão disponíveis no Sidra.

 

FONTE: forbes.com.br